segunda-feira

Beira-mar



Enquanto pisava aquela areia fina e macia, pensava em ti. Como tenho feito sempre que tu não podes estar. Fiquei lá, parada, a olhar o mar que me deixava louca e com vontade de ir, ir para onde ele me levasse… parecia quando te olho nos olhos e me deixo ir contigo. Estava fixada no fundo do mar, fez-me lembrar a cor do mundo quando estás perto. Mas mesmo ali, abrigada do planeta, e fora de todas as vozes menos comuns, eu lembrava-me de mim sem ti e de mim contigo. A minha conclusão é simples, outrora eu quis ser eu e eu, neste momento eu gosto que seja eu e tu. Se eu escolhi este caminho, eu quero segui-lo. Seja aqui, ou lá. Seja onde quiseres. Gostava de saber o que muitas das vezes pensas destas minhas reflexões, destes meus silêncios estranhos e desta voz que te transmite sempre o que pode, e o que sente. Queria que nesse pequeno tom, me sublinhasses o que pensas fazer daqui para a frente, não quero planos, quero apenas previsões. Gostava de ter uma ideia do que posso ou não esperar. E mesmo aqui, do outro lado do mar, eu chamo em teu e em meu nome, todas as estrelas que um dia nos chamaram e nos deram a conhecer quem somos.

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