Sabes, cada vez que penso em ti, penso no mar, penso em como é bom olhá-lo e ver que a vida tem sempre um “vai-vem” como as ondas, e o azul do mar me fazem lembrar os teus olhos, essa clareza que transmitem… e encontro-me agora a ouvir a música com a qual me fizeste um dos vídeos mais bonitos que já recebi, senão o mais bonito. Não recorro a ironias e ligo-me apenas aos dias que passámos juntas, aos dias que ainda vamos passar, e à força interior que temos, ligo tudo e dá-me certezas de muita coisa. Dá-me afecto e isso é o que mais me tranquiliza. Porque eu sei que independentemente de estares longe, continuarás a olhar-me, continuarás a dar-me a mão mesmo que eu não a sinta, e continuarás a preocupares-te comigo em qualquer hora do dia. E eu sei também que pensas muito no futuro, que pensas em vivermos juntas na mesma casa quando atingirmos a faculdade, pensas em como vai ser e em como queres que seja. Garanto-te que vou fazer para que tudo corra como queremos. Quero dizer-te também que o chão nunca chegou a ser o meu limite porque tu e algumas pessoas como tu, que estão sempre do meu lado, não me deixaram cair. Mesmo naqueles momentos mais cruéis. Confesso-te que nesses momentos sinto medo de te perder, como também sinto medo de deixar algo por fazer. Contigo há coisas que não parecem ser superficiais, parecem sim fortes e leais. Tu sabes que eu quero escrever-te todos os dias, mas é difícil, acredita. Não é por haver falta de palavras, mas sim excesso delas e não saber quais escolher para te definir. Consegues obter tantas ao mesmo tempo, és incrível. Admiro-te em todos esses pontos, até em vezes que penso que te vais deixar ir, e me dizes que sou muito da tua força. Sei que sabes que em todos esses momentos e em outros, podes pedir-me ajuda, podes pedir-me que vá contigo para onde fores, e dir-te-ei que fugir não resolve, e acolho-te para que consigas sentir-te estável. Tu sabes que consigo sempre aquilo que quero. Tu conheces-me. Em meses, agarraste-me. E ainda agora sinto a tua mão segurada no meu braço, como ao princípio. E ainda a pensar no que te idealiza, no mar que comecei por te falar, penso que estivemos lá, que a noite nos agarrou com tanta força que eu deixei-me ir, penso que foi a amizade que temos que me chamou para aquele pontão contigo, e tu também me levaste lá de certa parte com o incentivo de me mostrares o outro lado da vida, a paz e a vontade para viver. Apesar de eu saber que tornaste um bocado reservada, ali não senti nada, senti sim que confiavas em mim de uma forma duradoura. O mar está para ficar como uma imagem de fundo nossa, da nossa estima, pelo menos na minha cabeça, ele fez-me acreditar que ainda há pessoas boas, que ainda nos podemos afeiçoar a alguém, embora muitas vezes as dores da desilusão nos digam o contrário… ele deixou-me claro que se lutarmos, nunca somos dados como fracos e que se cairmos devemos levar alguém connosco, para nos acompanhar em todos os trajectos que fizermos, e eu escolho-te a ti, deixo-te também estas linhas que demoraram a ser escritas, mas que tu sabes o valor delas. Atenção: nunca te esqueças que o meu passo acompanha o teu, e que quando caíres eu vou cair também e vice-versa.
para a beatriz santos
parece que caímos, parece-me que caímos na amizade que tinhamos. no entanto, mantemo-nos em pé, em caminhos diferentes. és feliz? espero que sim, pois eu, agora, também sou. desejo-te tudo de bom, mas acima de tudo nunca te esqueças de nada do que chegou a ser nosso, não te esqueças dos textos escritos, das palavras ditas, das parvoíces...não te esqueças, principalmente, que foi tudo sincero! apesar de muita coisa no meio, obrigada, obrigada do fundo do meu coração. beijinhos janete (J&B) :)
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