Estás a matar-me de noite e de dia, que queres tu de mim afinal? Desculpa esta minha frontalidade, mas estou cansada de usos e abusos por parte das pessoas. Estou cansada do mundo tão fraco em que vivo, em que não consigo olhar de frente todos os meus problemas, deixo sempre algo para trás. E às vezes englobo-te a ti também. Deixo de perceber o que queres, o que sentes, o que pretendes de mim. Fico sem elementos para fundamentar todas as respostas às tuas perguntas. Quer acredites ou não esforcei-me demais, e recebi de menos. Esqueceste-te talvez que eu sou como tu, tenho sentimentos, e vivo por um sentido, ser feliz. Deixaste apenas todos os nossos “sonhos” para trás, todas as nossas parecenças noutro lugar, que não o nosso. Posso dizer-te que agora não temos muito em comum, que nestes últimos dias em que te afastaste de mim, em que não me contaste o que te corroía por dentro, eu fui-me habituando a ficar sozinha outra vez. Fui deixando mais uma vez alguém a quem disse que amava para trás, para conseguir ser feliz, ter a minha estabilidade, por mim mesma. Porque não tem que ser propriamente o amor a fazer-me feliz, a minha consciência, o meu bem-estar, também o faz. E eu acredito que agora estaria bem sozinha. Mas torna-se pouco provável de acontecer, porque tu por outro lado, sabes ser alguém a quem posso valorizar. Apenas te afastas do mundo que eu te queria perto. Acredita em mim, eu quero ser feliz contigo.
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