sábado


A esta hora deves estar praticamente a adormecer, mas deu-me uma súbita vontade de te escrever como já à uns dias não o fazia. Deparei-me também comigo a ver fotografias nossas, a (re)lembrar todos os momentos que passei do teu lado e a deixar-te louco por mim (por nós), até mesmo daqueles em que – como agora – estamos a morrer de saudades um do outro, como que se quiséssemos voltar o mundo ao contrário de maneira a que pudéssemos acordar sempre lado a lado. Contudo isto deixei cair uma das tantas lágrimas que já deixei cair por ti, sozinha, e com vontade de sonhar contigo assim que adormecer. Deixar-te perante os meus sonhos e o sangue que corre no meu corpo, para que eu consiga acordar todos os dias e deixar-te ouvir o bater do meu coração. Este que tem chamado por ti desde à umas noites para cá. Neste momento estou a deixar de sentir-te, deixar de sentir os teus olhos esses que criaram em mim a possibilidade de viver a vida pensando sempre que com um simples se pode conquistar o mundo. Ainda me vais explicar como consegues dar-me tanto do que era antes somente teu.
Quero também alertar-te que toda esta distância entre nós, é apenas uma arma que se atravessou, mas que aos poucos ela deixa de existir. É como os sonhos, eles também começam, mas têm sempre um fim – mesmo aqueles que nós não queremos que terminem -. Tenho a sensação que em tão poucas linhas estou a conseguir dizer-te o que mais necessário é, estou a fazer-te compreender que o mundo que criámos é sem dúvida a casa onde eu quero morar durante uns longos anos, quem sabe…

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