Mais uma vez escrevo-te para me lembrar de nós, escrevo-te com um sentido simples, um sentido que a minha vida ganhou assim que a alcanças-te. Com muitas e longas paragens, começo a acreditar que tudo o que temos tem mesmo um objectivo, daqueles grandes e que não se devem sequer explicar, sabem sempre melhor ficar para nós, e saboreámo-lo sem limites. Começo a achar que o elemento essencial pelo qual acordo todos os dias és sem duvida tu, começo a ver-me tão dependente do que juntos produzimos; mas deixo sempre em aberto – sem muitas perguntas – se algum dia me vais conseguir largar a mão. Mesmo com todas as tuas provas, com todo o amor que me empregas, fico com medo. Garantindo-te também que esse medo faz parte, e tu um dia vais perceber porquê. Ou talvez já tenhas percebido grande parte, começando por aquilo que te dou e que te peço para nós, e se perceberes que o faço porque quero-te mais perto de mim a cada dia que o mundo nos oferece, estás a ir bem. Contudo não me deixes. Se o fizeres agora, vou cair mais uma grande queda. É dessas que eu quero manter longe de mim, longe do historial da minha vida. Faz-me esse favor, e leva para bem longe as correntes perigosas que podem vir a surgir entre nós. Faz isso, faz isso e ao mesmo tempo que o fazes dá-me a mão, para me conseguir sentir segura de mim mesma, para conseguir ter frutos da relação que quero manter contigo.
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